segunda-feira, 28 de março de 2016

OS PASTORES E SEUS DEVERES

“Olhai, pois, por vós e por todo o rebanho sobre que o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de Deus, que ele Resgatou com seu próprio sangue” (At 20.28).

Nenhuma igreja poderá funcionar sem dirigentes para dela cuidar. Logo, conforme At 14.23, a congregação local, cheia do Espírito, buscando a direção de Deus em oração e jejum, elegiam certos irmãos para o cargo de presbítero ou bispo de acordo com as qualificações espirituais estabelecidas pelo Espírito Santo em 1 Tm 3.1-7; Tt 1.5-9 (ver o estudo QUALIFICAÇÕES MORAIS DO PASTOR, p. 1867). Na realidade é o Espírito que constitui o dirigente da igreja.

O discurso de Paulo diante dos presbíteros de Éfeso (At 20.17-35) é um Trecho básico quanto a princípios bíblicos sobre o exercício do ministério de pastor de uma igreja local.

PROPAGANDO A FÉ

(1) Um dos deveres principais do dirigente é alimentar as ovelhas mediante o ensino da Palavra de Deus. Ele deve ter sempre em mente que o rebanho que lhe foi entregue é a congregação de Deus, que Ele comprou para si com o sangue precioso do seu Filho amado (compare At 20.28; 1 Co 6.20; 1 Pe 1.18,19; Ap 5.9).

(2) Em At 20.19-27, Paulo descreve de que maneira serviu como pastor da igreja de Éfeso; tornou patente toda a vontade de Deus, advertindo e ensinando fielmente os cristãos efésios (At 20.27). Daí, ele pode exclamar: “estou limpo do sangue de todos” (At 20.26). Os pastores de nossos dias também devem instruir suas igrejas em todo o desígnio de Deus.

Que “pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas,, exortes, com toda a longanimidade e doutrina”  (2 Tm 4.2) e nunca ministra para agradar os ouvintes, dizendo apenas aquilo que estes desejam ouvir (2 Tm 4.3).

GUARDANDO A FÉ

Além de alimentar o rebanho de Deus, o verdadeiro pastor deve diligentemente resguardá-lo de seus inimigos. Paulo sabe que no futuro Satanás levantará falsos mestres dentro da própria igreja, e, também, falsários vindos de fora, infiltrar-se-ão e atingirão o rebanho com doutrinas antibíblica, conceitos mundanos e ideias pagãs e humanistas.

Os ensinos e a influência destes dois tipos de elementos arruinarão a fé bíblica do povo de Deus (ver o estudo FALSOS MESTRES, p. 1488).

Paulo os chama de “lobos cruéis”, indicando que são fortes, difíceis de subjugar, insaciáveis e perigosos (ver At 20.29; compare Mt 10.16). Tais indivíduos desviarão as pessoas dos ensinos de Cristo e os atrairão a si mesmos e ao seu evangelho distorcido.

O apelo veemente de Paulo (At 20.28-31) impõe uma solene obrigação sobre todos os obreiros da igreja, no sentido de defendê-la e opôr-se aos que distorcem a revelação original e fundamental da fé, segundo o NT.

(1) a igreja verdadeira consiste somente daqueles que, pela graça de Deus e pela comunhão do Espírito Santo, são fiéis ao Senhor Jesus Cristo e à Palavra de Deus (ver o estudo A INSPIRAÇÃO E A AUTORIDADE DAS ESCRITURAS, p. 1882).

Por isso, é de grande importância na preservação da pureza da igreja de Deus que os seus pastores mantenham a disciplina corretiva com amor (Ef 4.15), e reprovem com firmeza (2 Tm 4.1-4; Tt 1.9-11) quem na igreja fale coisas perversas contrárias à Palavra de Deus e ao seu testemunho apostólico (At 20.30).

(2) Líderes eclesiásticos, pastores de igrejas locais e dirigentes administrativos da obra devem lembrar-se de que o Senhor Jesus os têm como responsáveis pelo sangue de todos os que estão sob seus cuidados (At 20.26,27; compare Ez 3.20,21).

Se o dirigente deixar de ensinar e pôr em prática todo o conselho de Deus para a igreja (At 20.27), principalmente quanto à vigilância sobre o rebanho (At 20.28), não estará “limpo do sangue de todos” (At 20.26; cf. Ez 34.1-10). Deus o terá por culpado do sangue dos que se perderem, por ter ele deixado de proteger o rebanho contra os falsificadores da Palavra (ver também 2 Tm 1.14; Ap 2.2).

(3) É altamente importante que os responsáveis pela direção da igreja mantenham a ordem quanto a assuntos teológicos doutrinários e morais na mesma. A pureza da doutrina bíblica e de vida cristã deve ser zelosamente mantida nas faculdades evangélicas, institutos bíblicos, seminários, editoras e demais segmentos administrativos da igreja (2 Tm 1.13,14).

(4) A questão principal aqui é nossa atitude para com as Escrituras divinamente inspiradas, que Paulo chama a “palavra da sua graça” (At 20.32). Falsos mestres, pastores e líderes tentarão enfraquecer a autoridade da Bíblia através de seus ensinos corrompidos e princípios antibíblicos.

Ao rejeitarem a autoridade absoluta da Palavra de Deus, negam que a Bíblia é verdadeira e fidedigna em tudo que ela ensina (At 20.28-31; ver Gl 1.6; 1 Tm 4.1; 2 Tm 3.8). A bem da igreja de Deus, tais pessoas devem ser excluídas da comunhão (2 Jo 9-11; ver Gl 1.9).

(5) A igreja que perde o zelo ardente do Espírito Santo pela sua pureza (At 20.18-35), que se recusa a tomar posição firme em prol da verdade e que se omite em disciplinar os que minam a autoridade da Palavra de Deus, logo deixará de existir como igreja neotestamentária (ver At 12.5; ver o estudo A IGREJA, p. 1422).

Estudos relacionados:


  • QUALIFICAÇÕES MORAIS DO PASTOR, p. 1867.
  • FALSOS MESTRES, p. 1488.
  • A INSPIRAÇÃO E A AUTORIDADE DAS ESCRITURAS, p. 1882.
  • A IGREJA, p. 1422.


Fonte: B.E.P/Blogger: O PROFESSOR DA SÃ DOUTRINA - JESUS CRISTO.


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