sexta-feira, 1 de abril de 2016

O FALAR EM LÍNGUAS

“E todos foram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem” (At 2.4).

O falar noutras línguas, ou a glossolália (gr. glossais lalo), era entre os crentes do NT, um sinal da parte de Deus para evidenciar o Batismo no Espírito Santo (ver At 2.4; 10.45-47; 19.6). Esse padrão bíblico para o viver na plenitude do Espírito continua o mesmo para os dias de hoje.

O VERDADEIRO FALAR EM LÍNGUAS.

 (1) As línguas como manifestação do Espírito. Falar noutras línguas é uma manifestação sobrenatural do Espírito Santo, isto é, uma expressão vocal inspirada pelo Espírito, mediante o crente fala numa língua (gr. glossa) que nunca aprendeu (At 2.4; 1 Co 14.14,15). 

Estas línguas podem ser humanas, isto é, atualmente faladas (At 2.6), ou desconhecidas na terra (compare. 1 Co 13.1). Não é fala “extática,” para referir-se ao falar noutras línguas pelo Espírito.

(2) Línguas como sinal externo inicial do batismo no Espírito Santo. Falar noutras línguas é uma expressão verbal inspirada, mediante a qual o espírito do crente e o Espírito Santo se unem no louvor e/ou profecia. 

Desde o início, Deus vinculou o falar noutras línguas ao batismo no Espírito Santo (At 2.4), de modo que os primeiros 120 crentes no dia de Pentecoste, e os demais batizados a partir de então, tivessem uma confirmação física de que realmente receberam o batismo no Espírito Santo (compare. At 10.45,46). 

Desse modo, essa experiência podia ser comprovada quanto a tempo e local de recebimento. No decurso da história da igreja, sempre que as línguas como sinal foram rejeitadas, ou ignoradas, a verdade e a experiência do Pentecoste foram distorcidas, ou totalmente suprimidas.

(3) As línguas como dom. Falar noutras línguas também é descrito como um dos dons concedidos ao crente pelo Espírito Santo (1 Co 12.4-10).

Este dom tem dois propósitos principais:

(a) O falar noutras línguas seguido de interpretação, também pelo Espírito, em culto público, como mensagem verbal à congregação para sua edificação espiritual (1 Co 14.5,6, 13-17).

(b) O falar noutras línguas pelo crente para dirigir-se a Deus nas suas devoções particulares e, deste modo, edificar sua vida espiritual (1 Co 14.4). Significa falar ao nível do Espírito (1 Co 14.2,14), com o propósito de orar (1Co14.2,14,15,28), dar graças (1Co 14.16,17) ou cantar (1 Co 14.15); ver 1 Co 14; ver o estudo DONS ESPIRITUAIS PARA O CRENTE, p. 1756).


OUTRAS LÍNGUAS, PORÉM FALSAS

O simples fato de alguém falar “noutras línguas”, ou exercitar outra manifestação sobrenatural não é evidencia irrefutável da obra e da presença do Espírito Santo. O ser humano pode imitar as línguas estranhas como fazem os demônios. A bíblia nos adverte a não cremos em todo espírito, e averiguarmos se nossas experiências espirituais procedem realmente de Deus (ver 1 Jo 4.1).

(1) Somente devemos aceitar as línguas se elas procedem do Espírito Santo, como em At 2.4. Esse fenômeno, segundo o livro de Atos, deve ser espontâneo e resultado do derramamento inicial do Espírito Santo. Não é algo aprendido, nem ensinado, como por exemplo, instruir crentes a pronunciar sílabas sem nexo.

(2) O Espírito Santo nos adverte claramente que nestes últimos dias surgirá apostasia dentro da igreja (1 Tm 4.1,2); sinais e maravilhas operados por satanás (Mt 7.22,23; compare 2 Ts 2.9) e obreiros fraudulentos que finge ser servos de Deus (2 Pe 2.1,2).

(3) Se alguém afirma que fala noutras línguas, mas não é dedicado a Jesus Cristo, nem aceita a autoridade das escrituras, nem obedece à Palavra de Deus, qualquer manifestação sobrenatural que nele ocorra não provém do Espírito Santo (1 Jo 3.6-10; 4.1-3; compare Gl 1.9; Mt 24.11-24, Jo 8.31).

Estudo relacionado:

DONS ESPIRITUAIS PARA O CRENTE, p. 1756.


Fonte: B.E.P/Blogger: O PROFESSOR DA SÃ DOUTRINA - JESUS CRISTO.

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